Madeira for us
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O Funchal é um concelho da ilha da Madeira, o qual se subdivide em dez freguesias:Imaculado Coração de Maria, São Roque, São Martinho, Santo António, Santa Maria Maior, São Gonçalo, São Pedro, Monte, Santa Luzia e finalmente a freguesia da Sé

(…) Funchal, a que o capitam deo este nome, por se fundar em hum valle fermoso de singular arvoredo, cheyo de funcho até o mar»
Gaspar Frutuoso,Saudades da Terra (respeitando-se a grafia original do autor)


Segundo os antigos cronistas, a designação de Funchal deve-se aos primeiros povoadores que, ao desembarcar neste lugar, se depararam com a grande abundância de funcho, uma erva bravia com cheiro adocicado, que abundantemente vegetava no vale funchalense. Aliás, é a partir desta erva que se criou os famosos rebuçados de funcho, típicos da ilha. 
O povoamento nesta actual cidade iniciou-se em 1424, quando a ilha da Madeira foi dividida em duas capitanias. A capitania do Funchal coube a João Gonçalves Zarco que aí se fixou com os seus familiares. Devido à sua posição geográfica, à existência de um bom porto marítimo e à grande produtividade dos seus solos, desde cedo constituiu-se num importante núcleo de desenvolvimento da ilha, o qual é hoje o centro mais importante da ilha, onde o comércio e os serviços abundam. A povoação recebeu o primeiro foral entre 1452 e 1454, sendo elevada a vila e a sede de concelho. Pouco depois, em 1508 foi elevada a cidade.Neste concelho predomina o sector terciário que é muito ligado ao turismo, essencialmente nas áreas do comércio, restauração e serviços de hotelaria, seguido pelo sector secundário com as industrias da construção civil, lacticínios, floricultura e artesanato. É considerada a capital da ilha, devido ao simples facto de aí se concentrarem os mais diversos serviços, lojas comerciais, o único hospital da ilha, o maior porto do arquipélago, entre outros.

http://www1.cm-funchal.pt/   Consulte o site da Câmara Municipal do Funchal.  
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    A freguesia do Imaculado Coração de Maria fica muito perto do centro da cidade do Funchal. Diríamos que tem como coluna dorsal a Estrada do Til, de onde chegam e saem inúmeras estradas. É nesta estrada que se situa a Igreja da freguesia: a Igreja do Imaculado Coração de Maria, com uma arquitectura muito moderna.  É igualmente por esta estrada que subimos até ao Monte, Terreiro da Luta, Poiso e Pico do Areeiro, locais de visita obrigatória. A freguesia caracteriza-se, sobretudo, por ter muita habitação e pouco comércio, daí que conte actualmente com cerca de 7 mil habitantes nos seus 135 hectares.
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A freguesia do Monte é também conhecida como nossa Senhora do Monte e compreende algumas das encostas da parte norte do anfiteatro do Funchal. É nesta freguesia que se situa a famosa Igreja da Nossa Senhora do Monte, que é o ponto de partida dos tradicionais carrinhos de cestos.  Esta freguesia foi criada em 1565, tornando-se um refúgio de Verão para as famílias abastadas funchalenses que procuravam um clima mais suave no Verão. Hoje em dia, o Monte e os seus famosos carros de cesto são das principais atracções turísticas da Ilha da Madeira.  Além dos famosos jardins, carros de cesto e da Igreja de Nossa Senhora do Monte, destacam-se nas encostas do Monte várias Quintas de traço típico com belos jardins de flores exóticas, algumas das quais encontram-se abertas ao público. Em redor do largo das babosas encontram-se os terminais de teleférico que ligam o Monte à baixa do Funchal e ao Jardim Botânico. Na zona central do Monte encontram-se ainda unidades hoteleiras, tascas, restaurantes e um colégio. Um pouco a sul na encosta, situa-se o Hospital dos Marmeleiros e centro de saúde adjacente. Devido a esta topografia íngreme com pequenos vales de declives agudos e ravinas altas e percursos de água associados, aliada à construção de habitações em locais perigosos, obstrução de cursos de água e ainda a degradação da área florestal nas cotas mais altas, tem contribuído para que o Monte tenha sido fortemente atingido por catástrofes naturais como aluviões que a título de exemplo, no ano de 2010, provocaram mortos e feridos na freguesia, desabamento e soterramento de habitações e estradas. 

No Verão, durante vagas de calor, as zonas florestais são também muito afectadas por incêndios florestais e o Monte é afectado ainda pelo
chamado efeito de capacete do Funchal, um fenómeno em que durante a manhã começa acumulando nebulosidade no Monte e nas outras encostas do anfiteatro do Funchal avançando esta gradualmente até ao mar, até se dissipar com a chegada da noite. Nesta época de Verão as temperaturas média diárias rondam os 18ºC, embora a sensação real seja inferior devido à constante nebulosidade e brisa que se verificam nestas zonas altas. Durante o Inverno, a altitude das nuvens encontra-se frequentemente a esta cota, resultando em muitos dias de nevoeiro. As temperaturas médias diárias nesta altura do ano descem aos cerca de 13ºC e a precipitação é muito elevada, com chuvas que são muitas vezes torrenciais, sendo a precipitação algumas vezes em forma de granizo e ventos com rajadas que ultrapassam os 100km/h.
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Santa Luzia, é uma freguesia do concelho do Funchal, e é uma das chamadas “quatro freguesias urbanas do Funchal” juntamente com a freguesia da Sé, a de S. Pedro, a de Santa Luzia e a de Imaculado Coração de Maria. A freguesia nasceu da necessidade de descongestionar a freguesia da Sé duma parte considerável dos seus fogos para uma melhor organização dos serviços paroquiais. Quanto à sua  origem, a freguesia surge, segundo os historiadores, da paróquia de Santa Luzia, que daria lugar ao nome da freguesia. Foi a mais recente a ser criada, sendo formada a partir de terrenos pertencentes tanto à freguesia da Sé Catedral como à de Nossa Senhora do Monte. 

A nível económico, o sector primário concentra uma grande percentagem da população, com pequenos focos na agricultura, onde os principais produtos cultivados são a fruta, a batata, as couves e alfaces. Quanto ao sector secundário, a indústria é inexistente. Relativamente ao sector terciário, todos os bens primários e secundários, através de uma rede constituída por 50 lojas das mais diversas especialidades colocadas entre outras no centro comercial Bom Jesus, centros Elias I e Elias II, são assegurados à população. No campo da acção Social, os habitantes da Freguesia de Santa Luzia podem usufruir de um centro de Dia, um Lar de Terceira Idade e de assistência Domiciliaria, que é feita a partir do centro de Saúde do Bom Jesus e do centro de Convívio da Junta.
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São Gonçalo é uma freguesia do concelho do Funchal, a qual é banhada pelo Oceano Atlântico a sul, com montanhas a nordeste. Esta freguesia possui uma escola, um liceu, um pavilhão desportivo, uma igreja e uma praça e fora criada em 1565. Devido ao seu desenvolvimento pela encosta acima, tem o condão de beneficiar de uma das mais bonitas vistas sobre a cidade do Funchal. Por isso mesmo, existem muitas habitações neste lado da cidade e, inclusivamente unidades hoteleiras; aqui podemos ainda encontrar um dos dois campos de golfe da ilha da Madeira: o Palheiro Golfe, de onde se pode apreciar a beleza do anfiteatro que caracteriza a cidade do Funchal. Atendendo ao seu posicionamento, é num dos seus montes, sobranceiro ao mar, que se coloca o número do ano que a 31 de Dezembro anuncia a chegada de um novo ano. É do mesmo modo um dos lugares de eleição para todos aqueles que querem desfrutar do espectáculo de final de ano, que faz as delícias de todos os turistas que à ilha vêm e mesmo de todos os locais.
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Santa Maria Maior, cujo nome primitivo era Santa Maria do Calhau é uma das dez freguesias do concelho do Funchal. Foi aqui que “nasceu” o primeiro povoamento português do além mar e foi ainda aqui que se começou a construir os primeiros alicerces que viriam a dar sustento para o desenvolvimento que a Madeira foi registando ao longo dos séculos. Santa Maria Maior é, de forma inapagável, um marco histórico da expansão de Portugal no Mundo e até mesmo na história da Madeira, pois foi a primeira freguesia a ser criada no Funchal. O seu nome deriva, segundo alguns historiadores, do facto da sua primeira igreja paroquial ter maiores proporções do que a capela consagrada também chamada "Nossa Senhora da Conceição" que João Gonçalves Zarco mandara construir no local onde está presentemente a Igreja de Santa Clara. Esta capela ficou conhecida também pelo nome de Nossa Senhora da Conceição de Cima em oposição à capela de Nossa Senhora da Conceição de Baixo a que o povo da época, rapidamente e por força da sua localização, chamou de Senhora do Calhau, já que a mesma fora construída perto da praia de enormes calhaus ali existentes. A construção da referida capela data de 1438, quando já existia um núcleo de população considerável que se fixou ao longo das margens da ribeira que veio a ter o nome de João Gomes.
A igreja de nossa Senhora do Calhau foi destruída, várias vezes, pelas cheias que assolavam zonas mais baixas do povoado que, futuramente, iria dar lugar à construção, a 21 de Agosto de 1508, da cidade do Funchal. Entretanto, com a conclusão da construção da Sé Catedral e face ao crescente aumento da população, a sede desta freguesia passa para esta igreja de grandes proporções. No entanto, em 1557, a freguesia é dividida em duas, sendo as respectivas sedes na Catedral (freguesia da Sé) e na Igreja de Nossa Senhora do Calhau (freguesia de Santa Maria Maior). Para além de funções administrativas, a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior que, presentemente, possui cerca de 21 mil habitantes, tem vindo a desenvolver um extenso trabalho global no investimento de infra-estruturas, desde o melhoramento de redes viárias, electrificação de diversas áreas, apoio a famílias mais carenciadas, benefícios a habitações degradadas, apoios a escolas, entre outros, tudo isto em estreita colaboração com a Câmara Municipal do Funchal e com o Governo Regional. 

Santa Maria Maior possui um rico património no âmbito dos fontenários. Um património que é único na Ilha, na diversidade da edificação, a que não é alheio o facto de a zona baixa da Freguesia ter sido, durante séculos, a mais povoada do Funchal. Havia que encetar medidas para recuperar e preservar esta propriedade social que foi fundamental antes do abastecimento de água ao domicílio. Com efeito, a restauração dos fontenários da zona antiga de Santa Maria Maior foi um dos investimentos de inestimável contributo histórico promovido e viabilizado pela Junta de Freguesia. São marcas do nosso passado, da sociedade madeirense, de um património que marcou gerações e que, por isso mesmo, havia que preservar os sistemas de abastecimento e as interdependências comunitárias, de um bem indispensável como é a água. Uma visita pelo circuito dos fontenários de Santa Maria Maior é ir ao encontro de um passado intrínseco à cultura e ao património da nossa Freguesia. 

O Centro Cívico de Santa Maria Maior, parar além de  integrar a sede da Junta de Freguesia, entidade gestora de toda a infra-estrutura, integra também o Centro de Dia das Murteiras da Associação Comunitária do Funchal, bem como de espaços onde funcionam o Grupo de Folclore e Etnográfico da Boa Nova, nomeadamente com área museológica e biblioteca, bem como o Grupo Columbófilo de Santa Maria Maior. O Centro Cívico dispõe ainda de salas de convívio, cozinha, ginásio, auditório, ateliers de pintura e escultura, parque infantil com anfiteatro, que estão ao dispor daquelas entidades para promoção de conferências, espectáculos musicais, projecção de filmes e outras actividades.
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Santo António é do mesmo modo uma freguesia do concelho do Funchal, onde podemos encontrar o Pico do Arieiro, o terceiro pico mais alto da ilha, logo a seguir do Pico Ruivo e do Pico das Torres. Inicialmente a freguesia era apenas constituída por fazendas povoadas em torno de uma pequena ermida dedicada a Santo António mas em meados do séc. XVI foi elevada a paróquia, englobando também o bairro da Madalena, de origem mais remota, agregado em torno da já desaparecida ermida de Santa Maria Madalena. Relativamente ao clima nesta freguesia, existe uma influência das correntes frias provenientes do Monte, o que causa baixas temperaturas no inverno. Quanto ao património histórico temos a torre do capitão, que é o edifício mais antigo do arquipélago e consiste numa base da torre do solar acastelado de Garcia Homem e Sousa, genro de João Gonçalves Zarco ; o Solar dos Lemes que é um solar seiscentista com a sua capela de São Filipe, em tempos fora a a sede do morgadio da família Leme mas está hoje transformado numa escola de educação especial. Finalmente a igreja paroquial, descrita por Henrique Henriques de Noronha como a maior e mais opulenta das Igrejas dos arredores do Funchal, fruto das doações e ofertas dos lavradores da freguesia, arruinada durante o terramoto de 1747, foi reconstruída na forma actual, com as características duas torres, tipologia quase única no Arquipélago. 

Uma pequena curiosidade desta freguesia é o facto do futebolista Cristiano Ronaldo ser oriundo desta pequena localidade.
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A freguesia de São Martinho acompanha a sul o Oceano Atlântico e a norte as montanhas. Nesta mesma freguesia situa-se uma das maiores praias do Funchal, a Praia Formosa, que atrai centenas de pessoas ao longo da época balnear devido às condições propícias para a actividade balnear aliada ao bom clima existente na freguesia. A freguesia fora criada em 1579 e foi nesta que se construiu um dos miradouros mais conhecidos da ilha: o miradouro do Pico dos Barcelos, situado a 335 metros de altitude. Dali se desfruta de uma paisagem ímpar sobre a cidade do Funchal e todo o seu anfiteatro, com uma vista que vai desde o mar até às serras. A freguesia de São Martinho tem o condão de ter a grande maioria das unidades hoteleiras da cidade do Funchal, e uma grande parte das habitações da capital. Além disso, beneficia de um micro-clima privilegiado, concretamente desde a zona do Lido até a emblemática Praia Formosa. 
    É nesta freguesia que se encontram os principais acessos públicos ao mar, como o Lido, as Poças do Governador, Ponta Gorda e a extensa Praia Formosa (já referida) de calhau e areia negra. A nível comercial, destacamos a existência do maior centro comercial da ilha: o Madeira Shopping. 
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A criação da freguesia e paróquia de São Pedro, por decreto de 1 de Agosto, dá-se em 1566. Trata-se de uma freguesia quase central da cidade do Funchal, que sobressai, sobretudo por ser uma zona com muitas habitações e alguns dos mais importantes museus da capital. Tem cerca de 8 mil habitantes e desenvolve-se em 149 hectares. A sua importância remonta ao século XV quando muitas famílias distintas começaram a construir aqui as suas residências. Esta freguesia agrupa um importante núcleo de património edificado, do qual se destaca a Igreja Matriz que, na sua fachada, apresenta um curioso conjunto de cantaria. Entre o final do século XV e o século XVI, as classes mais abastadas afastaram-se da parte baixa da cidade do Funchal, instalando-se na vertente da cidade ao longo da então Ribeira Grande, também denominada Ribeira de São Francisco. João Gonçalves Zarco, primeiro capitão do Funchal, foi um dos primeiros a instalar-se na actual Freguesia de São Pedro, tendo construído as capelas de São Pedro e de São Paulo e um pequeno hospital. A importância da população aí domiciliada fez com que fosse requerida a criação de uma nova freguesia, tendo a permissão sido assinada a 20 de Julho de 1566 pelo Cardeal D. Henrique. No entanto, o responsável pela Sé do Funchal não concordou em partilhar o espaço da sua freguesia. A ordem não foi implementada e a freguesia foi abolida a 3 de Março de 1579. Porém teve de aceitar a partilha com as novas freguesias rurais de São Roque e de São Martinho em 1587, cujas gentes tinham dificuldades em se deslocar ao centro do Funchal. Assim, no seguimento da emissão do alvará de 14 de Agosto de 1587, a Freguesia de São Pedro foi reinstalada, estando sediada na Capela de São Pedro, fundada por João Gonçalves Zarco.
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A freguesia de São Roque conta com uma escola, um liceu, um pavilhão desportivo, uma igreja e uma praça. Nesta freguesia o clima é muitas vezes influenciado pela corrente fria do Monte, causando instabilidade de temperatura e de ventos. Possui uma vista privilegiada pois está situada numa zona alta da cidade do Funchal, daí que sejam muitos os que optam por habitar esta zona e deslumbrar a bela vista sobre a cidade das cidades madeirenses. Os terrenos que actualmente constituem a Freguesia de São Roque pertenceram no passado à Freguesia da Sé e, mais tarde durante um curto período de tempo, à Freguesia de São Pedro. Em 1579, por alvará do Cardeal Infante D. Henrique, foi atribuída ao prelado do Funchal a faculdade de criar uma nova freguesia, cuja sede foi instituída na antiga Capela de São Roque. Esta pequena capela deu lugar, no ano de 1704, a uma nova igreja que actualmente é conhecida por “Igreja Velha”. Este templo acabou por ruir em 1790, tendo sido construída uma nova igreja em substituição. A nova igreja foi projectada pelo Engenheiro António Vila Vicêncio e as suas obras prolongaram-se até 1820.
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A Sé é uma freguesia do Funchal também chamada de “a freguesia da Catedral”. A criação da freguesia da Sé dá-se em 1557 e é a freguesia mais central da cidade, onde se evidencia a magnífica Catedral que embeleza toda a baixa da capital, com o seu estilo manuelino. A Sé do Funchal na ilha da Madeira é assim um dos poucos edifícios que sobreviveram virtualmente desde os tempos da colonização. Esta igreja possui uma excepcional cruz processional, oferecida por D. Manuel I e é uma das igrejas mais bonitas de toda a ilha. A actual Freguesia da Sé foi buscar o seu nome ao principal templo que se construiu em 1515, no centro da cidade, para sede do novo bispado das terras ultramarinas. A freguesia da Sé, embora tenha habitações, sobressai por ser uma zona por excelência do comércio tradicional. No início, a freguesia perdia-se na extensão do espaço nobre da capitania do Funchal. Todavia o progresso sócio - económico fê-la ganhar importância, mas perder espaço territorial, que foi cedido para a criação da Freguesia da Sé. Esta fica reduzida ao espaço urbano por excelência, onde se estabeleceria a cidade quinhentista. Desde então e até à actualidade, a freguesia tornou-se no principal centro do mundo madeirense, apresentado no seu recinto, dominado pela Sé Catedral, sede das principais instituições de administração religiosa, régia, central e local. Torna-se assim na única freguesia realmente urbana da ilha da Madeira.